Eu sou a lenda ou Eu sou o tédio
A primeira super produção a chegar a Porto Velho em 2008, Eu sou a lenda (I Am Legend, 2007) em cartaz desde a última sexta-feira (18) não me decepcionou. Não afirmo isso no bom sentido, muito pelo contrário. O longa metragem estrelado, literalmente, de ponta a ponta por Will Smith, impressionantemente contido, nada acrescenta as outras duas versões produzidas em 1964 e 1971, a não ser as impressionantes seqüências mostrando a devastação de Manhattan.
Na primeira cena do filme uma pequena participação da atriz Emma Thompson interpretando a médica Alice Krippin que está na televisão anunciando a descoberta de uma vacina capaz até de curar câncer. Três anos se passaram e vemos que algo deu errado. Ruas vazias tomadas pelo mato, prédios e carros abandonados. No meio da desolação apenas o tenente coronel e médico Robert Neville (Smith) único sobrevivente ao ataque mortal de um vírus chamado “Krippin” que dizimou a população. Nesta versão nova versão que custou mais de 150 milhões de dólares, ao contrário das anteriores, o Neville vivido por Will Smith não caça as pessoas infectadas que se transformaram em perigosas criaturas sedentas de sangue, e tenta a todo custo encontrar uma cura.
Neville passa seus dias enviando mensagens de rádio para outros improváveis sobreviventes e imunes ao vírus como ele ou então vagando pelas ruas desertas tendo apenas a companhia de uma cadela chamada Sam. Juntos vivem escondidos numa mansão onde o protagonista residia com a mulher e a filha que, são mostradas apenas em rápidos flashbacks.
Dirigido pelo cineasta Francis Lawrence, o mesmo do irregular Constantine, este Eu sou a lenda peca por manter a personagem central muito tempo sozinha na tela. Faz lembrar a personagem de Tom Hanks em Náufrago que também passa quase todo o filme sozinho e tendo apenas a companhia de uma bola que ele passa a chamar de Wilson. E a presença insossa da atriz Alice Braga nada acrescenta a trama que na meia hora final recebe uma dose de adrenalina quando os infectados descobrem onde Neville está escondido e atacam furiosamente.
Outro ponto decepcionante do filme são os humanos transformados em monstros criados digitalmente e nada realistas. Talvez por isso o diretor adie o quanto pode mostrar os monstros para o público que, pode até incorrer no erro de que a demora é para aumentar o suspense. O primeiro confronto se dá quando Sam entra num prédio às escuras e Neville vai procurá-lo, no entanto se depara com as criaturas prontas para atacar. Verdade seja dita Will Smith carrega o filme nas costas.
A interpretação de Will Smith salva Eu sou a lenda e faz valer o ingresso. Pouco a pouco percebemos que ele perde a sanidade. A obsessão em encontrar a cura, os diálogos que mantém com os manequins que, foram colocados nas calçadas e lojas por ele, as idas e vindas a uma locadora de vídeo onde Neville freqüenta e cujos DVDs, seu preferido é Shrek, assiste em ordem alfabética. O grande mérito de Smith é a força como mostra a angustia, solidão e isolamento da personagem.
Não vou aqui revelar o desfecho do filme, no entanto para quem conhece as outras versões (Mortos que matam e A última esperança da terra) Eu sou lenda apesar de bem produzido não apresenta nenhuma surpresa. Inclusive à saída do cinema ouvi comentários do tipo – “Esperava mais do filme” ou “Ainda bem que é curto”. Por estas e outras que Eu sou a lenda deveria se chamar “Eu sou o tédio”.
Humberto Oliveira
A primeira super produção a chegar a Porto Velho em 2008, Eu sou a lenda (I Am Legend, 2007) em cartaz desde a última sexta-feira (18) não me decepcionou. Não afirmo isso no bom sentido, muito pelo contrário. O longa metragem estrelado, literalmente, de ponta a ponta por Will Smith, impressionantemente contido, nada acrescenta as outras duas versões produzidas em 1964 e 1971, a não ser as impressionantes seqüências mostrando a devastação de Manhattan.
Na primeira cena do filme uma pequena participação da atriz Emma Thompson interpretando a médica Alice Krippin que está na televisão anunciando a descoberta de uma vacina capaz até de curar câncer. Três anos se passaram e vemos que algo deu errado. Ruas vazias tomadas pelo mato, prédios e carros abandonados. No meio da desolação apenas o tenente coronel e médico Robert Neville (Smith) único sobrevivente ao ataque mortal de um vírus chamado “Krippin” que dizimou a população. Nesta versão nova versão que custou mais de 150 milhões de dólares, ao contrário das anteriores, o Neville vivido por Will Smith não caça as pessoas infectadas que se transformaram em perigosas criaturas sedentas de sangue, e tenta a todo custo encontrar uma cura.
Neville passa seus dias enviando mensagens de rádio para outros improváveis sobreviventes e imunes ao vírus como ele ou então vagando pelas ruas desertas tendo apenas a companhia de uma cadela chamada Sam. Juntos vivem escondidos numa mansão onde o protagonista residia com a mulher e a filha que, são mostradas apenas em rápidos flashbacks.
Dirigido pelo cineasta Francis Lawrence, o mesmo do irregular Constantine, este Eu sou a lenda peca por manter a personagem central muito tempo sozinha na tela. Faz lembrar a personagem de Tom Hanks em Náufrago que também passa quase todo o filme sozinho e tendo apenas a companhia de uma bola que ele passa a chamar de Wilson. E a presença insossa da atriz Alice Braga nada acrescenta a trama que na meia hora final recebe uma dose de adrenalina quando os infectados descobrem onde Neville está escondido e atacam furiosamente.
Outro ponto decepcionante do filme são os humanos transformados em monstros criados digitalmente e nada realistas. Talvez por isso o diretor adie o quanto pode mostrar os monstros para o público que, pode até incorrer no erro de que a demora é para aumentar o suspense. O primeiro confronto se dá quando Sam entra num prédio às escuras e Neville vai procurá-lo, no entanto se depara com as criaturas prontas para atacar. Verdade seja dita Will Smith carrega o filme nas costas.
A interpretação de Will Smith salva Eu sou a lenda e faz valer o ingresso. Pouco a pouco percebemos que ele perde a sanidade. A obsessão em encontrar a cura, os diálogos que mantém com os manequins que, foram colocados nas calçadas e lojas por ele, as idas e vindas a uma locadora de vídeo onde Neville freqüenta e cujos DVDs, seu preferido é Shrek, assiste em ordem alfabética. O grande mérito de Smith é a força como mostra a angustia, solidão e isolamento da personagem.
Não vou aqui revelar o desfecho do filme, no entanto para quem conhece as outras versões (Mortos que matam e A última esperança da terra) Eu sou lenda apesar de bem produzido não apresenta nenhuma surpresa. Inclusive à saída do cinema ouvi comentários do tipo – “Esperava mais do filme” ou “Ainda bem que é curto”. Por estas e outras que Eu sou a lenda deveria se chamar “Eu sou o tédio”.
Humberto Oliveira
2 comentários:
Oi humberto...muito boa a resenha do filme eu sou a lenda....mas eu gostei mais q vc, eu acho colega....achei muito bom o filme
oi humberto....beleza....na verdade eu acho o filme meio ruim mesmo....aonde j¿a se viu....muita fantasia gratuita....e mataram a sam....isso nao e justo
Postar um comentário