Quanto mais música brasileira, melhor
Lembrando João Bosco e Aldir Blanc
João é mineiro. Aldir, carioca da gema. A união do violonista e compositor com o letrista e cronista resultou em uma das maiores e melhores parcerias musicais brasileiras, de todos os tempos. Juntos, Bosco e Aldir são como fogo e pólvora e desta receita explosiva de musicalidade, inspiração, crítica social, ironia e criatividade nasceram belas e extraordinárias composições. Verdadeiras obras primas do nosso cancioneiro. Se eles tivessem composto apenas o samba Incompatibilidade de gênios, já seria o suficiente para inscrever seus nomes ao lado de feras como Noel Rosa, Ataulfo Alves, Wilson Batista, e tantos outros na História da Música Brasileira.
Este disco que a coleção Nova História da Música Popular Brasileira dedicou a eles, é simplesmente imperdível. Tem Bala com bala; Kid Cavaquinho, Mestre sala dos mares, De frente pro crime, Caça à raposa, Dois pra lá, dois pra cá - sucessos também gravados por Elis Regina -, e uma bela homenagem à Rainha do Chorinho, Ademilde Fonseca, que gravou Títulos de Nobreza, choro em que a letra reúne títulos de choros gravados pela cantora.
Ponto para a nossa música.
Lembrando Noel Rosa
Noel Rosa continua sendo, apesar de ter morrido tão jovem, com quase 27 anos, o chamado Poeta da Vila deixou uma herança musical fabulosa, mais de duzentas composições, a maioria de excelente qualidade.
Noel é autor de pérolas como Último desejo; Três apitos; Fita amarela; Você vai se quiser; O orvalho vem caindo; Onde está a honestidade?; Filosofia; João Ninguém, A dama do cabaré; O X do problema; Palpite infeliz, Rapaz folgado; Feitio de oração, estas últimas fizeram parte da famosa polêmica musical com outro sambista imortal, Wilson Batista.
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